quarta-feira, novembro 24, 2004

Sim! Sim, ficas no meu coração...

Tenho a mente inavadida e sinto-me vandalizada. Acho que ando a acordar depressa demais. Eu sei que o tempo não pára, mas... acho que ando a perder tempo contigo, e isso custa-me acreditar! Como é que se perde tempo a amar alguém? Sei que estás a quilómetros de distância o que não muda o meu sentimento por ti, mas... eu tenho que te deixar... Já não aguento, por mais que goste de ti, já não posso...
Tenho consciência de que não sou respondida por ti da mesma maneira que eu o faço. Sei que temos vidas diferentes e niveis de perspectiva diversificadas.
Sei, também, que nada pode fazer mudar tudo aquilo que passámos os dois juntos. O que me dá um certo reconforto, porque foram momentos únicos (moments uniques). Posso sempre recordá-los com o mesmo sentimento, e por vezes, parece que sinto tudo aquilo novamente, naqules instantes, pois sinto-me apaixonada momentaneamente, e quando desperto, a saudade faz papel de ladrão e rouba-me os pés que estavam a caminhar nas nuvens.

"E assim nas calhas de roda
Gira, a entretar a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."
(última quadra do poema "Autopsicografia" de Ferando Pessoa)

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